segunda-feira, 20 de abril de 2009

Balde d'água fria



Pior do que a covardia de quem ataca e, o taca em mim,
é a sem vergonhice que não me deixa desistir e, me permite insistir nessa canoa furada.



É, definitivamente, como me diz uma queridíssima amiga, eu sou portadora de um lamentavel e pertubador "dedinho podre". E acho mesmo que todas nós, mulheres de verdade, somos iguais.

Sabe aquele cara bonzinho, que reconhecemos ser o ideal para colhermos num emprestimo de gens, o ideal para a formação dos nossos filhos? Não, nós definitivamente não os queremos. O sentido das coisas para nós é exatamente o inverso, consiste em amar o proximo: o proximo idiota, insensível e imoral que nos aparece. Aqueeele, bem dificil, cheio dos vícios (e das virtudes que nós também reconhecemos beeem). Aqueele que diz na nossa cara que não é o cara e que pra gente, tudo bem!

É pertubador o fato, eu sei. Sei também que demoramos meses pra perceber que não importa o quanto ele faça, parece mesmo é que gostamos de sofrer. Gostamos da espera, da batalha e da utopia. Um movimento catartico de purgação do mal em prol do prazer talvez explique essa nossa condenação. Buscamos o mais dificil, o mais doloroso para quem sabe, por fim, alcançarmos o prazer. O problema maior é que normalmente quando alcançamos tal, esse definitivamente se estirpa no ar e, la estamos nós, mais uma vez: buscando novo amor, cultuando novos Deuses, fazendo novas promessas e de fato é tão mais facil esquecer do velho armario o trocando imediatamente por outro... É assim que nos condenamos a passar uma vida inteira fazendo desta uma colcha de retalhos de amores e ilusões.

É, provavelmente vc pouco vai entender isso que estou dizendo, talvez não entenda mesmo nada. Mas não me importo. O importante é que eu não vou desistir. Mas peralá, em troca eu quero sim, ouvir os seus medos e não tenho a pretensão de curá-los, mas talvez de piorá-los, trancá-los e sufocá-los pelos nossos beijos.

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