quarta-feira, 29 de abril de 2009

A dama e o Vagabundo


Chocolates, abraços, silenciosos abraços, longos abraços...
risos.

Obrigada,

você nao ficou para sempre, mas me fez descobrir o quanto eu gosto de barba, cilios longos e a ousadia de quem fala na cara.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

feriados e festas















saí por aí com Carpinejar, Garcia Marques e Chico.

Beijo não me liga...sem exclamações e reclamações sobre minha falta de senso ao rir da propria piada.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

fixação

Achei que tinha encontrado:
um homem,
uma barba,
um nome.
Um perfume e uma
voz no telefone.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Primeira Crônica



Huum... Aquela noite de amor com livros novos, cheirando e ritmando o corpo, como quem o sintoniza com a alma. E é para mim tão facil esse encontro. É simples assim, eu escolho uma boa livraria - digo boa para aquelas bem grandes com os mais variados títulos surpreendentemente organizados - e entro. Simples assim, entrar numa dessas livrarias e não se preocupar com o tempo, se despir do mundo la fora e viver de personagem em personagem brincando de fingir ser outros "eus". Descobri ontem qual eu quero que seja meu primeiro emprego. Todo mundo reza tanto a primeira namorada, o primeiro beijo...tão importante quanto a primeira vez no sexo, é também o primeiro emprego. Ambos quando traumatizam o tornam por anos-luz improdutivo. Por isso, e também por um auxilio que recebo ainda dos meus amáveis pais, eu demorei tanto pra decidir o meu segundo emprego, tendo em vista que o primeiro, como uma paixão, das mais avassaladoras, entrou em mim trazendo a felicidade da realização e foi de mim como a agonia da desilusão e, por isso deve ser esquecido. Vendedora de livros, sim. Fiz ontem a minha escolha. E como um casal de amantes em sua lua de mel, estive a sorrir madrugada a dentro, como se essa minha decisão fosse me tornar capaz de ler todos os títulos cabíveis numa livraria num só dia. Madrugada a dentro, manhã lá fora. Assim começou um novo dia. E eu aqui, cheirando o sexo dos livros, comendo os livros... meus mais íntimos companheiros. Suas vozes falam ao meu coração sem nem ao menos tocarem meus ouvidos. Talvez por isso tão especiais. Tão menos capaz de me ferir com a mesma rigidez da voz que fala ao telefone às 10:54 da manhã, me tirando do paraiso como quem rouba Helena de Tróia de seu amante ... E nada como uma segunda mãe, uma má-drinha para o ressussitar dos seus delírios mais íngrimes e, ser tão bruta como a realidade da suz voz, conivente à mafia. A legalidade mais rústica: ela me lembrava que era preciso pegar meus trapos do chão, e pagar minhas contas ao leão. Imposto de renda, o estuprador mais agressivo da minha religião.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Balde d'água fria



Pior do que a covardia de quem ataca e, o taca em mim,
é a sem vergonhice que não me deixa desistir e, me permite insistir nessa canoa furada.



É, definitivamente, como me diz uma queridíssima amiga, eu sou portadora de um lamentavel e pertubador "dedinho podre". E acho mesmo que todas nós, mulheres de verdade, somos iguais.

Sabe aquele cara bonzinho, que reconhecemos ser o ideal para colhermos num emprestimo de gens, o ideal para a formação dos nossos filhos? Não, nós definitivamente não os queremos. O sentido das coisas para nós é exatamente o inverso, consiste em amar o proximo: o proximo idiota, insensível e imoral que nos aparece. Aqueeele, bem dificil, cheio dos vícios (e das virtudes que nós também reconhecemos beeem). Aqueele que diz na nossa cara que não é o cara e que pra gente, tudo bem!

É pertubador o fato, eu sei. Sei também que demoramos meses pra perceber que não importa o quanto ele faça, parece mesmo é que gostamos de sofrer. Gostamos da espera, da batalha e da utopia. Um movimento catartico de purgação do mal em prol do prazer talvez explique essa nossa condenação. Buscamos o mais dificil, o mais doloroso para quem sabe, por fim, alcançarmos o prazer. O problema maior é que normalmente quando alcançamos tal, esse definitivamente se estirpa no ar e, la estamos nós, mais uma vez: buscando novo amor, cultuando novos Deuses, fazendo novas promessas e de fato é tão mais facil esquecer do velho armario o trocando imediatamente por outro... É assim que nos condenamos a passar uma vida inteira fazendo desta uma colcha de retalhos de amores e ilusões.

É, provavelmente vc pouco vai entender isso que estou dizendo, talvez não entenda mesmo nada. Mas não me importo. O importante é que eu não vou desistir. Mas peralá, em troca eu quero sim, ouvir os seus medos e não tenho a pretensão de curá-los, mas talvez de piorá-los, trancá-los e sufocá-los pelos nossos beijos.

segunda-feira, 6 de abril de 2009


Poesia

heresia da sanidade em mim.

Embresse moi...

Com os pes fora do chao
eu esqueço de toda preocupação
todo dever
toda obrigaçao
e é tanto o que eu deixo de lado
e nao tenho mais nenhum nome a ser berrado
a nao ser o o seu
- MEU amado!


Alinhar à direita

O telefone toca, a chaleira grita, tenho livros espalhados por toda a casa;
procuro no tempo da poesia a tradução do tanto que eu sinto.Passo dias estudando voce!Estudo seus gestos e tudo mais que tenha haver..
*
Palavras e amor.
É tudo o que tenho, e não lamento.
AmoR
e mais todo AR contido nele:
A-mo-R... amAR.

domingo, 5 de abril de 2009

Nu


Eu ja chorei muitas vezes depois que você se foi.
Mas não voltei atras.
Nem mesmo passou pela minha cabeça a ideia de que um dia voltaria.
Escondi em meu peito a moradia de uma angustia,
quando houve lebrança, do seu corpo:
Nu.
Nunca amenizada
mas contínuamente relevada
pelo que sinto
quando habita alguma poesia dentro da minha
metafórica heresia.

Como a dor amarelada
da felicidade extrema
a ser exteriorizada.

E eu penso que nunca serei capaz de tirar nossa foto do mural
onde tantas vezes esperei
que a minha vida se confundisse com a sua
logo acima da mesma cama onde nua
seu gozo eu guardei.

...: "depois fala q dorme mal.."