segunda-feira, 30 de junho de 2008

Rotina...

A idéia é a rotina do papel.
O céu é a rotina do edifício. A rotina do final é o inicio.
A escolha é a rotina do gosto. A rotina do espelho é o oposto.
A rotina do perfume é a lembrança. O pé é a rotina da dança.
A rotina da garganta é o rock. A rotina da mão é o toque.
Julieta é a rotina do queijo. A rotina da boca é o desejo.
O vento é a rotina do assobio. A rotina da pele é o arrepio.
A rotina do caminho é a direção.
A rotina do escolha é a certeza. Toda rotina tem a sua beleza.

de alguém q n sei quem.

domingo, 29 de junho de 2008

"Meu coração vagabundo Quer guardar o mundo Em mim ..."

Se o amor é cego,
A paixão é burra.


>Felicidade é a certeza de que a nossa vida não está se passando inutilmente.
Érico Veríssimo

quinta-feira, 26 de junho de 2008

"A decadência é a perda total da inconsciência; porque a inconsciência é o fundamento da vida. O coração, se pudesse pensar, pararia."

Fernando pessoa - Livro do desassossego

Futuros Amantes


Não se afobe, não
Que nada é pra já
O amor não tem pressa
Ele pode esperar em silêncio
Num fundo de armário
Na posta-restante
Milênios, milênios
No ar
E quem sabe, então
O Rio será
Alguma cidade submersa
Os escafandristas virão
Explorar sua casa
Seu quarto, suas coisas
Sua alma, desvãos
Sábios em vão
Tentarão decifrar
O eco de antigas palavras
Fragmentos de cartas, poemas
Mentiras, retratos
Vestígios de estranha civilização
Não se afobe, não
Que nada é pra já
Amores serão sempre amáveis
Futuros amantes, quiçá
Se amarão sem saber
Com o amor que eu um dia
Deixei pra você

Chico Buarque

2º dia de febre . . .

Ouço passos
Pessoas passam por mim..
Num corredor
Pessoas correm
e em mim escorre
alguma lágrima
alguma dor
que percorre meu corpo
inteiro
esse seu cheiro
de poesia
e de rancor.


>>Você é o perigo que eu mais quero para o meu umbigo.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Momento flor e febre, mode: ON




Atos falhos me trazem à você; Meu subconciente me trai.


_Volto para casa ainda pensando em você.Ouço nossas músicas e me perguto se nossos crimes compensam.O fato é que me importo com qualquer atitude sua.Observo cada gesto seu.Seu cheiro nas minhas mãos e um filme passa na minha cabeça.Te conheço tão bem que é como se perguntasse a mim, qual o próximo passo a dar, enquanto isso penso em qual será sua próxima atitude em relação à nós.Penso no seu sorriso e queima dentro de mim uma vontade, quase que incontrolável,de fazer o mesmo.Será esse, um crime perfeito?Com medo de perder o controle...eu perco o sono.


Ok, hoje é dia de febre...

ainda que ontem tenha sido de flor.
*
*
*
"Uma pessoa olhando para um celular que não toca - não há cena mais idiota. Os celulares foram justamente inventados para que ninguém precise mais ficar aguardando uma ligação ao lado do telefone."Fernanda Young

"Chove la fora e aqui, faz tanto frio.."



Uma foto guardada

Uma palavra a menos

Na primeira esquina

esquici de gritar seu nome.

...meu homem...

Na sétima avenida seu perfume

se disssssipou...

Nem lembro mais em que espelho seu rosto se perdeu.

Unhas pintadas

Roupas destrocadas;

Meu armário não é mais seu.

* * * * * * * * * * * * * * * * * *

>>''As coisas não precisam de você, quem disse que eu tinha que precisar..."-ainda ouvindo Marina.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Texto de Fernanda Young

Ninguém quer confissões aqui. E nem é, sabe? E nem é importante... Só um pouco... Um pouquinho. Como se ela tomasse um copo de uísque, fumasse um Marlboro e mandasse uns três tomarem no cu. É mais ou menos isso... Isso aqui. Que não pretende ser confissão nem lembrança. Nem emocionante, nem inteligente. Nem valerá a página que será impressa.Quantos dias perdi você olhando para mim dentro do seu corpo. Enfiando-me em ti e tu em mim para revogar a dor de sermos dois. E dois sempre tão longe. Quanto de toda essa soma delirante tornou a perda inexorável? Quero pedir desculpas por ser trovadora. Quero apagar os versos que aludiam a um Deus como meu desejo projetivo. Quero ser mulher. Não na sublime ilusão que dura o encontro espumante. E não quero mais o que não posso ter. Assim estamos livres para sermos um. Só isso. Comuns são os casais. Nós não somos nada. O problema é que quero muitas coisas simples. Então pareço exigente. Não posso fazer nada. Então choro, oro, te esporro com mil xingamentos. Você pode se divertir, você pode ter pena de mim.Não queridinho, não irei me matar feito uma discípula cega de uma religião apocalíptica. Vou assumir o meu ódio, vou rir do meu ódio. Vou sobreviver ao meu ódio. Mesmo sabendo que estou razoavelmente sã e humanamente perdoada. Cuspo na cara de quem finge não me ver. E não quero mais me explicar. Entender é trancar-se dentro da palavra. Quem não sabe, quem não sabe, quem não quer saber de nada... gruda a língua ao céu da boca, não escuta e finge que não vê. Entender é um outro nível da ignorância. Não é preciso nenhum livro para quem não precisa ler.Vamos...Vamos logo subir essa escada que leva o amor ao último andar. Sobe pelo corpo o tremor do castelo que desmorona. Então vamos. Segura firme no corrimão. Respire fundo. Subir tão alto dá vertigem e olhar para trás deixaria-nos cegos. Os erros são medusas intransigentes. Arrancam as nossas lembranças boas e tatuam os desaforos e mágoas. Por isso marche. Sinta o meu perfume enquanto o tempo sopra esse bafo de mudança. A quadrilha dos desafortunados só começa quando um poeta recita um adeus. No final, devo pedir perdão por tê-lo tocado. Pode partir. Lembre-se ou esqueça-se de mim. Coração quebrado tem cura. A paz de não precisar mais aguardar a perfeição que não existe. Quero somente amortecer os erros e mudar de idéia. Quem sabe o por quê do que?O que você está falando, mulher?Nada... Nada...