quinta-feira, 24 de julho de 2008


SÓ PARA NAO PASSAR EM BRANCO,PROVEI MAIS UMA VEZ DO TEU BEIJO.

pelas minhas contas foi a quarta ou quinta vez --NAO TENHO CERTEZA-- desde q vc se separou de mim.Talvez seja só para nao perder o hábito,ou esquecer o hálito que me gerou certo gozo.Mas é vc virar as costas para eu me refazer a proposta de nao te querer outra vez.Não me leve a mal, eu nem to tão legal.Talvez vc nao me entenda, talvez até qm sabe eu me renda..afinal,qual é o problema?
Eu apenas...
te busquei no fundo do armário
...e então eu percebi que não lhe queria mais.


domingo, 20 de julho de 2008

Veríssimo!!

Para sempre
Você eu não sei,mas o meu plano é viver para sempre. Reconheço que o sucesso do plano não depende só de mim,mas tenho feito a minha parte. Cortei o pudim de laranja, dirijo com cuidado, procro não provocar impulsos assassinos nos leitores além do necessário para me manter honesto, não vôo de ultraleve e não assovio para mulher de delegado. está certo, o único exercício físico que faço é soprar o saxofone, e assim mesmo não todas as notas, mas acho que estou contribuindo razoavelmente para a minha própria eternidade. E sempre que leio sobre experiências como essa da célula-mãe com a qual,um dia, construirão artérias novas para a gente por encomenda, fico reconfortado: a ciência também está fazendo a sua parte no meu plano.Já calculei que, se consegir aguentar por mais 65 anos, poderei ser refeito em laboratório dos pés à cabeça.Incluindo o tecido erétil. Onde será que a gente se inscreve?
A vida eterna nos trará problemas, no entanto, e não vamos nem falar o pesadelo que será para os sistemas previdenciários. A finitude sempre foi uma angústia humana, mas também um consolo, pois nos desobriga de entender a razão da existência. A idéia religiosa da vida após a morte é duplamente atraente porque nos dá a eternidade sem a perplexidade, já que ´r difícil imaginar que as indagações metafísicas continuarão do outro lado. Lá, estaremos na presença do Pai, reintegrados numa situação familiar de idílica inocência, definida como a desnecessidade de maiores explicações. Não teremos de especular sobre como tudo isto vai acabar porque tudo isto nunca vai acabar. Já na eternidade sem precisar morrer a angústia da finitude é substituída pela angústia da incompreensão infinita. Estaremos nesta ridícula bola magnética, com nossos tecidos renovados, olhando para as estrelas e perguntando como e por que - para sempre.
Não interessa. Vou batalhar por mais 65. Quem nos assegura que neorônios desenvolvidos em laboratório não virão com todas as respostas?
Veríssimo, Luis fernando ;)

sexta-feira, 18 de julho de 2008

domingo, 6 de julho de 2008

...estado febril.

Um livro, muita música, novos planos... assim eu vou tangendo sua presença da minha cabeça. Vou tentando mergulhar em novos horizontes, encontrar respostas que simplesmente não tragam seu nome à minha memória e me permitam entender que, com você fora do meu foco é uma maneira de facilitar o cabimento de novas emoções.Porque parece que toda emoção rezervada para minha vida esperou por você para via à tona.Então percebo que não posso mais conviver com você roubando minhas noites de sono, minha atençâo, meus amigos e todo meu querer... não dá mais. Nunca deu. De certo não foi tempo perdido. Apenas não foi.Agora só me cabe a certeza de que é preciso seguir em frente.

sábado, 5 de julho de 2008




"O tempo é o senhor da razão" ?


*


desespero
fim

a lembrança do gozo
do amaço mais gostoso
do corpo e do beijo
de um amor que vivi;

mas é tarde.
agora
acordo tarde


e recomeço
só em mim.

sexta-feira, 4 de julho de 2008


Sabe dor,aquela dorzinha que as vezes bate la no fundo, --nao sei bem de onde-- as vezes penso ser do peito,as vezes escondida dentro da alma.E vem assim, sem porque,sem dizer..aviso prévio ou qualquer pedido de perdão?Entao,é dela que mais tenho medo.De quem me escondo.

Seu nome?solidão.
_
"Porque há desejo em mim, é tudo cintilância.
Antes, o cotidiano era um pensar alturas
Buscando Aquele Outro decantado
Surdo à minha humana ladradura.
Visgo e suor, pois nunca se faziam.
Hoje, de carne e osso, laborioso, lascivo
Tomas-me o corpo.
E que descanso me dásDepois das lidas.
Sonhei penhascos
Quando havia o jardim aqui ao lado.
Pensei subidas onde não havia rastros.
Extasiada, fodo contigo
Ao invés de ganir diante do Nada."
Trecho de Do desejo , de Hilda Hilst