quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Quando tudo está equilibrado
me sobra o medo
do vácuo

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011


Me sinto como uma namorada bolha
prestes a estourar no seu ouvido
jogar pro alto nosso amor comedido
e no ventilador as reclamações sem sentido

Destoante das nossas aparências
no meu silencio tornam-se claras as evidencias
Que se a gente ainda guarda alguma decência
é hora de renunciar desse amor

Meu bem,
Você já não é capaz de cumprir minhas exigências
Meu telefone já não toca e eu
ja perdi a paciência..

Nossa empresa já abriu falência.



Eu não concordo com seu jeito de namorar.
Eu não concordo em não me entregar.
eu de um lado tentando me segurar
esconder minhas inseguranças, não fazer minhas cobranças
tornar tudo liberal, moderno
parecer simples, pouco invasivo
a ordem é: não reclamar;
Você de outro, inexperiente em matéria de relacionamento,
deixando tudo a "Deus dará".

Eu falo bastante simplesmente porque ao seu lado o silencio me parece desconsertante.

Você é inconstante: num dia o bêbado apaixonado
no outro o descompromissado "faltante"
Sei lá. Pra mim já está tudo fora do lugar
Tudo errado por estar
e não há forma de consertar
Não há término que não seja exagero
Não há continuidade que não me traga desespero.
Somos um enredo patético
personagens criados e alimentados pelos meus medos.

Obrigada, volte sempre.
Você é todo dia o desafio que percorre o meu corpo
e me escorre entre os dedos.