quarta-feira, 1 de julho de 2009

Eu dormi, dormi muito e também sonhei, sonhei muito. Me lembro que quando eu era criança eu costumava lembrar dos meus sonhos por muito tempo, mesmo depois que eu acordava. Me lembro que quando o sonho era bom eu o fazia continuar acontecendo na minha imaginação por horas, dias, semanas... eu sempre sonhei muito, até acordada. E eu me recordo bastante de um sonho que tive em especial: Entre outros elementos, meu quarto abrigava um buraco rosa na parede, um buraco escondido pela minha cama. Esse buraco era uma passagem secreta e lá, do outro lado, eu estava isenta dos meus medos, dos fantasmas, dos adultos, da escola... lá, do outro lado, eu me encontrava com meus amigos, tinha muitos vestidos coloridos, ouvíamos musica e dançávamos sem preocupação com esse ou aquele dever. Lá essa palavra não existia: "DEVER".

E, desde então, eu ainda sonho com essa sociedade do prazer. Acordada, é claro. Atualmente, quando eu durmo meus sonhos são muito menos protegidos dessas esperanças, não habitam mais passagem secreta alguma e em seu lugar guerras, traições, corações partidos (normalmente o meu) embalam meu sono. Hoje eu acho que consumo muito mais dos pesadelos do que dos sonhos.

Hoje quando eu acordei eu não quis levantar.
eu queria que tivesse uma passagem secreta no meu quarto onde eu me escondesse do mundo inteiro quando eu tivesse nesses estágios: de saco cheio de tudo e de todo mundo.Eu queria jogar tudo pro ar. Eu queria fugir para o meu mundo cor de rosa.
Isso tudo porque mais uma vez eu sonhei com você.

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